As quatro linhas – a hora da virada

Aluna Isadora- 7ª série

A história se passa na pequena cidade de Rio Raso, interior do Rio Grande do Sul, e conta sobre os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bento Gonçalves e o torneio de futebol estudantil.

A escola estava completando 40 anos, e para comemorar o aniversário da escola, apelidada de bentinho, a diretora Solange e o professor de educação física Matias decidiram propor para os alunos do sexto ao nono ano um torneio de futebol estudantil. Quando os meninos descobriram que haveria um torneio de futebol na escola, logo se entusiasmaram. Todos, menos Júnior e Dado, que estavam infelizes pois seus colegas montariam um time e não os escolheriam .O professor percebeu as reclamações de Dado e Júnior e foi até eles para ver o que estava acontecendo. Matias disse a eles que eles não podiam ficar ali se lamentando e reclamando sem fazer nada, e sim montar um time se quisessem jogar.

Júnior e Dado aceitaram a ideia de montarem seu próprio time. O único problema deles, além do medo de perder para Hique, que se achava o melhor do nono ano, era quem eles chamariam para fazer parte do time. Eles precisavam de onze titulares e no máximocincoreservas. Primeiro eles chamaram seus colegas Cláudio e Comédia e se reuniram na pracinha para pensarem nos colegas que iriam chamar. Então eles chamaram Pedrinho, o gêmeo Tico e Teco, Felipe, Carlos, Jean, Miojo, apelidado assim por causa de seus cabelos cacheados, Nando, irmão de Bê, Beto, Alê, e Tanque, o menino considerado por eles um dos mais fortes e resistentes da escola. E assim foi formado o time. Eles escolheram Júnior como o capitão.

   Como líder, Júnior deu a ideia de chamar seu Nico para ser o treinador. Seu Nico era vizinho deles e já tinha muita experiência no futebol, pois já havia trabalhado no Internacional e no Grêmio. Então Cláudio, Dado e Júnior foram até a casa de Nico para convidá-lo. Ele aceitou.

  Os meninos e o treinador se encontram no campinho para uma conversa e vêm uns meninos mais velhos, do primeiro ano do ensino médio se aproximando. Seu Nico havia os convidado para jogar contra o time de Júnior. O jogo foi muito difícil para o time dos meninos mais novos, eles perderam a partida de três a um. Nico usou isso para ensinar os garotos como agirem quando perdessem. No torneio, não poderiam desanimar.

   Depois disso, eles tiveram o primeiro treino com seu Nico. Eles levaram garrafas pet para servirem como cones, e correrem em ziguezague entre elas. Seu Nico foi muito rígido com os garotos e não dava moleza pra ninguém. No fim do primeiro treino, Júnior colocava seu moletom enquanto conversava com Nando. Então Bê apareceu no campinho para avisar a Nando que eles iriam jantar fora, por isso ele deveria chegar em casa mais cedo. Os três foram embora juntos e Júnior começou a conversar com Bê. Os dois até trocaram os números de telefone.

   Certo dia, durante o treino, se aproximou do campo um homem alto e um pouco mais jovem que seu Nico. Eles eram amigos. Então o treinador o apresentou aos meninos como Aranha Arruda, o melhor goleiro que já vestiu a camiseta do Atlético de Rio Raso. Ele iria estar presente nos treinos para ensinar os meninos sobre futebol. Eles treinaram muito e jogaram mais uma vez com meninos mais velhos convidados por Aranha. O jogo termina empatado.

  Enquanto isso, Bê e Júnior começam a namorar sério. As férias dos meninos andavam muito agitadas. Eles se reúnem para escolher um nome para o time. Eles dão muitas ideias até que entram em um acordo. O nome do time será Mico-preto.

   Na volta às aulas, Júnior e Bê estavam sentados na escada da escola até que Hique os provocou dizendo que já havia namorado Bê antes. Júnior fica muito bravo com isso e briga com sua namorada.

   No treino, Júnior tem uma discussão com o treinador e deixa o campinho antes que o treino terminasse. No recreio do dia seguinte Júnior tenta falar com Bê, mas não consegue. Der repente Tanque aparece para conversar com Júnior. Tanque diz que Hique só o provocou por que queria que os dois brigassem. Júnior sabia que Tanque estava falando a verdade. Ele pediu desculpas tanto para o treinador quanto para sua namorada.

   Alguns dias depois, Matias reuniu os participantes do torneio para explicar como funcionariam as partidas e fazer o sorteio dos jogos do torneio. Ele explicou que no torneio só o vencedor da partida avança para a próxima etapa. Se o jogo terminasse empatado, teriam quinze minutos de prorrogação no qual quem fizesse o primeiro gol venceria. Se ninguém fizesse gol, seria desempatado por pênaltis. Então começaram os sorteios. O primeiro jogo seria do Real Brasil contra o Mico-Preto. O próximo seria do Bento Juniors, time do Hique, contra o Corinthians.

   Chegou o grande dia do torneio. Estavam todos reunidos no Estádio Municipal Orestes Campos Filho para assistir as partidas. O juiz apita o começo da primeira partida: Mico-Pretocontra Real Brasil. O primeiro tempo passa e termina empatado zero á zero. No segundo tempo, o Real abre o placar. Um a zero. Eles não desanimam. Quase no fim do segundo tempo eles marcam o gol que empata o placar. O juiz apita. Fim de jogo. Na prorrogação os meninos marcam gol primeiro e vão para a final.

   Eles se reúnem para assistir ao jogo do time de Hique. Bento Juniors vence a partida de três a um. O torneio continuaria no dia seguinte.

   Havia chegado a hora da grande final do Mico contra bento Juniors. Os meninos do Mico abrem o placar.      Logo depois bento Juniors marca outro gol. Um a um. Mais uma vez, o time de Hique faz um gol. O primeiro tempo termina em dois a um para o time adversário. Mico-Preto marca o primeiro gol do segundo tempo e empata a partida. Os meninos marcam mais um gol. Três a dois. O juiz apita o fim da partida. Mico-preto campeão! Os meninos vibram muito.

A diretora entrega uma medalha a todos os jogadores, e aos campeões, a taça. Os meninos levantam a taça com orgulho. Depois Júnior e Bê presenteiam Arruda e seu Nico com duas garrafas de champanhe. Naquela noite todos dormiram muito felizes.