Aleijado

Aluna Andressa, turma 71

                  A história é de um garoto chamado Fred, de 16 anos, um metro e oitenta e três cem quilos e aleijado. Fred não suportava que lhe chamassem de deficiente físico, mas sim, aleijado.

Fred sofreu um acidente de moto há um mês e um dia teve seus dois pés esmagados. O esquerdo foi esmagado, o direito foi muito além de esmagado porque quando o carro passou por cima do seu pé ele ficou prensado entre a roda do carro e a moto, e ainda foi arrastado. O médico informou que Fred iria ficar dois anos sem poder andar, mais depois voltaria ao normal.

Esse garotão guerreiro depois de cinco semanas trancado em casa e duas no hospital conseguiu alugar uma cadeira de rodas, com tanta dificuldade, pois ele era muito grandão, então ela teve de ser importada, ainda sofreu com as dificuldades do seu prédio não havia rampas para cadeirantes, dependia da ajuda dos funcionários, seu pai Ademir, sua mãe dona Julieta e sua irmã Ninam para poder sair na rua.

                  Infelizmente o primeiro passeio foi um desastre, porque em sua rua existiam muitos buracos, rampas mal feitas. Fred sempre foi muito agitado, sempre correndo, pulando, aprontando, mais para essa fase já não suportava mais. Queria sair, ver pessoas, rir, mais tinha vergonha de si próprio.

 No mesmo edifício mora uma mulher chamada Rebeca que tinha no mínimo uns 40 anos, que também é paralitica, Fred resolveu procurá-la, pois não agüentava mais a situação que se encontrava, conversa vem, conversa vai foram ficando muito amigos. Os dois se ajudaram e exigiram rampas no edifício, pois pagavam e queria seus direitos. Os companheiros Zé Monte e Virgilio da sindica dona Francisca Hermínia Camargo já não agüentavam mais, então resolveram mandar fazer uma rampa na entrada do condomínio. Fred estava em casa quando Rebeca chegou ao seu quarto, ele não queria atender ninguém, pois estava muito chateado, zangado, cansado com a vida que levava.

                    Desceram os dois, quando viram aquela rampa mal feita, que não agüentava ninguém, e servir mesmo era pra andar de skate, Rebeca colocou a boca no seu Virgilio, ele pirou mais ficou quieto.

A partir desse momento a guerra começou a guerra por direitos, Rebeca, Fred, dona Julieta e uma senhora chamada Isadora que havia sido sindica há muito tempo começaram a fazer planos, projetos, panfletos para poderem eleger Rebeca como a nova sindica, pois aquela situação deveria mudar.

Fred tinha um amigo chamado Tony, o dono da moto do acidente, Tony também estava sempre disposto a ajudar o Fred.

                    Enfim, com tantas brigas, discussões, Rebeca foi eleita à nova sindica do condomínio, colocou as rampas e deu melhoria para os moradores do prédio tanto para cadeirantes, como para carrinhos de compras, carrinhos de crianças.